Assembleia Geral Unificada dos Trabalhadores

O presidente do Sindicato dos Portuários do Rio de Janeiro, Sérgio Giannetto foi o convidado especial da Assembleia Geral Unificada dos trabalhadores nos portos de Imbituba e de São Francisco do Sul, em Santa Catarina.

Conduzido pelo presidente do SINTESPE/SC e integrante do movimento de lutas na defesa dos portos públicos catarinenses de Imbituba e São Francisco do Sul, Antônio Battisti, o encontro virtual, com a participação de cerca de cem pessoas, e representantes de vários entidades de portuários do país, teve como pauta principal a defesa dos portos públicos e as estratégias contra a privatização deles.

Battisti, confirmou que ser contra as privatizações é também uma defesa da nação, soberania e empregos. “Não podemos esquecer que o trabalhador é quem produz riquezas. Os outros ganham dinheiro investindo na bolsa de valores”, afirmou.

Já Giannetto falou sobre a prática dos governos de sucatear as empresas para desvalorizá-las, jogar a opinião pública contra os trabalhadores e depois privatizá-las como se fossem bens públicos que só dão prejuízo. O projeto Water Front, iniciativa da Companhia Docas do Rio de Janeiro, também foi criticado por Giannetto. “O projeto é uma repetição do que foi efetuado em alguns portos da Europa, Ásia, Argentina e Estados Unidos, que promovem áreas consideradas não mais servíveis para operação portuária em locais próprios para atividades de lazer, turismo e comércio. Situação que não é notadamente o caso do cais da Gamboa que tem plena vocação para a atividade portuária”, destacou o presidente dos Portuários do Rio de Janeiro.

Durante a live, vários companheiros portuários, que faleceram recentemente, foram lembrados e homenageados. A perseguição e prisão do petroleiro Dayvid Bacelar também foi relatada e o advogado Maximiliano Nogl Garcez, que defende essa causa e muitas outras que envolvem os trabalhadores, também ressaltou a importância da união e pressão que os portuários vêm fazendo contra as privatizações. “Qualquer passo que se dê contrário e que atrase o projeto de privatização é muito importante. Tudo é muito dinâmico e a unidade da categoria é essencial”, defendeu o advogado.

Várias manifestações estão programadas para acontecer em todo o país com intuito de barrar o projeto de privatização dos portos. Giannetto afirmou que: “Essa luta é pela classe trabalhadora, não só da nossa categoria dos portuários, mas sim uma luta de classe”, defendeu o presidente dos Portuários do Rio de Janeiro.

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