Portuários fazem manifestação em frente ao porto de Angra dos Reis

Na manhã de hoje, diante do agendamento de reunião, com a presença do arrendatário do Porto de Angra, prefeito da cidade, senador Flavio Bolsonaro e Ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio, o Sindicato dos Portuários do Rio de Janeiro organizou manifestação contra a privatização da Autoridade Portuária e demais empresas estatais, contra os atos arbitrários da atual direção da CDRJ e em defesa dos trabalhadores das autoridades portuárias ,demais trabalhadores vinculados e avulsos dos portos do estado do Rio de Janeiro.
Por algum motivo, o ministro e o senador decidiram não participar da reunião e apenas sobrevoar as dependências do porto.

Desde que o atual presidente da CDRJ, Antônio Laranjeira, assumiu o cargo, afirma: “ O Porto de Angra dos Reis não é de interesse da CDRJ, só dá prejuízo! ”

Em uma breve análise questionamos…

Por qual motivo o Ministro do Turismo faria uma reunião (que foi agendada praticamente em “sigilo”) no Porto de Angra dos Reis? Será que a reunião foi abortada após perceberem a movimentação do nosso Sindicato? Por que ele estaria acompanhado do senador Flavio Bolsonaro (político que defende amplamente o entreguismo do bem público)? Será que o presidente Laranjeira convenceu o cancelamento da referida reunião, pois estava receoso das nossas indagações sobre as suas atitudes arbitrárias dentro da Companhia Docas do Rio de Janeiro, que somam o desrespeito pelo trabalhador portuário? Será que querem transformar o Porto de Angra em apenas um terminal turístico?

Se o Porto de Angra dos Reis for entregue a qualquer plano que o destine para outra função, que não de movimentação e armazenamento de cargas, quem perde é a Nação e, obviamente, os trabalhadores da CDRJ e os avulsos não terão mais espaço de trabalho. NÃO PERMITIREMOS QUALQUER AÇÃO NESTE SENTIDO.

Estamos, como sempre, a postos e ligados em toda movimentação portuária. Queremos o diálogo mas se assim não acontecer, também estamos prontos para o confronto.

O Governo tem agido nos assuntos portuários sem a participação dos trabalhadores. Relembramos que o Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, ao assumir o ministério, em reunião com a Federação Nacional e demais sindicatos portuários, afirmara: “Faremos mudanças nos portos organizados, porém, com máxima transparência e participação dos trabalhadores. ”
Tal afirmação ficou apenas na retórica. Nesse sentido, não existe transparência, não existe diálogo nem com o ministro e nem com a direção da CDRJ.

Se o porto é público é de todos. Vamos à luta!

 

ASSCOM